O que é a comunicação integrada e estratégica?
Comunicação integrada e estratégica ainda é algo distante das empresas brasileiras e há muita confusão sobre o tema. Vamos mudar essa visão?
A comunicação integrada é aquela capaz de transmitir de forma clara a todos os públicos de interesse da empresa o que ela produz, quem ela é e no que acredita. Um dos seus maiores desafios é alinhar as mensagens de conteúdo institucional e mercadológico.
Para quê investir em Comunicação Integrada?
A Comunicação corporativa tem sido usada como uma das principais ferramentas para a construção da reputação das empresas. Alinhar missão, visão e valores à estratégia da firma, para construir uma imagem sólida perante todos os seus públicos de interesse é a principal tarefa do gestor da área e seus colaboradores.
Com a presença cada vez mais forte das redes sociais, não existe comunicação unilateral e isolada. Uma denúncia de trabalho escravo em Singapura pode afetar o valor da empresa na bolsa americana.
Como fazer uma comunicação realmente integrada, respeitando a especificidade dos públicos e atendendo suas expectativas?
E assim, o valor de uma empresa não é apenas seu patrimônio físico ou econômico. Vivemos a “economia da reputação”, na qual vai ficar na memória e com uma boa reputação a empresa que souber se comunicar de forma eficaz com seus públicos estratégicos.
Pra quê investir em Comunicação Integrada?
Manter a coerência entre discurso e prática, agir de acordo com sua missão e seguir seus princípios são algumas formas de a empresa manter sua reputação no mercado. Para se comunicar de forma plena, a empresa precisa encarar a comunicação em uma perspectiva mais integrada.
Mais que uma articulação de esforços, a comunicação integrada é uma filosofia que guia o cotidiano. Os públicos, cada vez mais complexos e atuantes, querem fazer parte dos processos de comunicação interna, saber de todas as informações, investimentos, parcerias e tudo sobre a empresa. E o que aconteceria se um colaborador descobrisse que sua empresa passará por um processo de fusão através da imprensa? Provavelmente, ele pensará que não faz parte das estratégias comunicativas e que, portanto, não precisa ser informado.
Vamos conhecer a metodologia integrada e estratégica desenvolvida pela consultora e especialista no tema, Isabela Pimentel?
Ao adotar essa perspectiva da comunicação integrada, um empresa deve abraçar o desafio e o esforço de mapear todos os seus públicos e estar disposta a entender as especificidades dos contextos de recepção das mensagens e todos os elementos que compõe a chamada cultura organizacional. De que vale produzir um mesmo texto e adaptá-lo para diversas mídias, achando que isso é comunicar de maneira integrada?
Comunicação integrada vai além e apresenta-se como uma filosofia e conjunto de ações capazes de incrementar as relações organizacionais em nível interno, mercadológico e institucional, ajudando as organizações a cumprir sua missão e atingir suas metas. Até quando agir de forma fragmentada?
Dê adeus à antiga comunicação linear, fragmentada e abra a mente dos executivos da sua empresa para a Comunicação Integrada.
Conheça as principais razões para investir nela:
1- Ao articular todos os esforços, permite que, mesmo em diferentes mídias, as mensagens estratégicas contenham o mesmo espírito;
2- Ao realizar um mapeamento dos públicos antes do planejamento das ações, facilita a produção de conteúdos focados e eficazes;
3- Ao reconhecer a especificidade de cada um dos elos do processo comunicativo, encara a empresa sob uma perspectiva holística;
4- A comunicação passa a ser vista como um processo dinâmico e elemento fundamental de uma boa gestão.
Visão clássica: Kunsch
Como conversamos, uma das visões clássicas da Comunicação Integrada é o composto criado pela professora Margarida Kunsch, que se divide em :
- Comunicação Institucional;
- Comunicação Interna;
- Comunicação Mercadológica;
- Comunicação Administrativa.
NESSE MODELO PROPOSTO ACIMA, PERGUNTO A VOCÊ: ONDE ENTRARIAM AS REDES SOCIAIS E A GESTÃO DE CRISE, POR EXEMPLO? SÃO TEMAS QUE ENVOLVEM OS FUNCIONÁRIOS, IMPRENSA E MUITOS OUTROS STAKEHOLDERS, INDO MUITO ALÉM DE CAIXINHAS SEPARADAS.
É hora de pensar fora das caixinhas!
Para que você comece a superar essa dicotomia e a pensar fora das caixinhas, vou te mostrar um novo modelo bem bacana e atual: o composto das Relações Públicas Plenas (RPP), concebido pelo professor Manoel Marcondes Neto.
A metodologia dos 4R pode ser utilizada tanto para diagnóstico das práticas de comunicação da sua empresa, quanto para criação de novos planos.
1. Reconhecimento
O primeiro R é o de reconhecimento, definido como o “Conjunto de práticas que levam um nome, causa, organização, produto ou campanha a adotarem personalidade própria. É a propriedade de um ente (individuo, causa, marca ou organização) ser identificado por seus públicos de interesse, ditos stakeholders, como distinto, único e assim, ser reconhecido pelo conjunto maior desses públicos, a sociedade”.
As marcas podem investir em 4 estratégias para reforçar o reconhecimento:
Estabelecimento de uma identidade corporativa, gestão da marca (branding), construção da imagem da marca e propaganda institucional.
2. Relacionamento
Vamos agora ao segundo R, de relacionamento, que é definido por Marcondes como “Assunto específico que demanda gestão especializada (…) pois não raro há interesses antagônicos entre dois ou mais grupos reunidos sob a égide , ou influência, de uma mesma organização”. (Marcondes, p.50).
- Relacionamento com o público interno;
- Atendimento ao público externo;
- Relacionamento com os clientes (customer relationship);
- Ouvidoria;
- Mediação de conflitos;
- Comunidades circunvizinhas.
3. Relevância
O terceiro R é o de relevância, que segundo Marcondes, “Uma vez obtida, ela será algo que se manterá com, além de atitudes, comunicação institucional cuidadosamente planejada. Destacar-se na paisagem, tornar-se diferente, distinto, acima da concorrência, exigirá esforços consideráveis e permanentes”.
Ele dá dicas de como a empresa pode alcançar relevância perante seus públicos de interesse, os stakeholders, são elas:
Pesquisa de opinião;
Patrocínio;
Eventos;
Marketing Social.
4. Reputação
O quarto R é a reputação. Ela existe como uma imagem que se forma na mente e se projeta na palavra de quem olha para a organização, percebendo-a, faça a mesma esforços de marketing e Relações Públicas ou não.
São formas da empresa reconhecer sua reputação realizar estudo dos públicos, investir em Comunicação Institucional, Divulgação e ter uma política de Gestão de crises de imagem pública.
Esperamos que tenha gostado desse conteúdo especial!
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Texto: Isabela Pimentel
*Jornalista, Historiadora e Especialista em Comunicação Integrada
Imagem: Divulgação
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