Comunicação interna e transformação digital
Comunicação Interna

O poder de transformação do endobranding

Por: Isabela Pimentel6/nov/2015
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Existem diversas definições para o termo branding, mas fundamentalmente todas acabam convergindo para o conceito de gerenciamento da marca acerca de seus valores, do posicionamento adotado e da percepção que os públicos têm da mesma.Por analogia, endobranding significa gerenciar o posicionamento da marca dentro da empresa, ou seja, com os seus funcionários.  Estamos no século XXI, na era da tecnologia da informação e das redes sociais digitais.

Neste cenário, cai por terra o papel meramente informativo da comunicação interna. O funcionário de hoje não depende exclusivamente do conteúdo oficial que ele recebe da comunicação organizacional para ter informações sobre a empresa onde ele trabalha.

Sendo assim, notícias, opiniões, relatos positivos e negativos chegam até ele numa velocidade com a qual é quase impossível competir. Aliás, competir, por que e para que?

Se a informação é rápida e abundante, o papel do comunicador interno passa a ser muito mais o de formar, contextualizar e qualificar a informação. E é nesse processo que podemos inserir as práticas do endobranding.

Trabalhar na linha do endobranding passa a ser necessário quando se percebe que os esforços de comunicação com o funcionário não estão contribuindo para a construção de uma identidade única.

É quando olhamos as diversas peças de comunicação que enviamos aos nossos funcionários e percebemos a total falta de alinhamento entre elas, causando dispersão cognitiva e, consequentemente, desatenção e descompromisso para com os objetivos do negócio.

Nesse momento é preciso parar e reconstruir. É preciso mergulhar nos fundamentos da cultura da empresa, nos seus pressupostos básicos, e ao mesmo tempo buscar no plano estratégico de futuro e nos diferenciais da marca os conteúdos que vão construir a linguagem visual e verbal da comunicação.

Se a empresa está comprometida com causas sociais, por exemplo, isso precisa estar refletido nos conteúdos comunicacionais. Não se trata apenas de gerar notícias sobre as tais ações sociais.

Trata-se de refletir esses compromissos sociais em todos os momentos e materiais de comunicação, desde o texto, o layout da peça, os elementos gráficos, as cores, as fotos, as palavras escolhidas, o tom de voz, as apresentações, os discursos, as narrativas.

Ou seja, tudo o que a empresa representar em termos de seus objetivos de negócio e compromissos deve constituir os atributos da marca, de forma intencional e verdadeira.

Um bom projeto de endobranding não visa engessar os processos comunicacionais. Visa diferenciar, dar um norte para a comunicação interna. Certamente o reflexo se fará sentir fora dos muros da organização, numa construção conjunta de imagem e reputação, de dentro para fora. É de fato uma evolução qualitativa e estratégica de atuação profissional que todo comunicador organizacional deve experimentar.

Texto: Denise Pragana 

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