Riscos reputacionais na gestão da marca
Riscos reputacionais podem impactar marcas e até mesmo a sua imagem corporativa, portanto, é impossível atuar no mercado sem considerá-los em todas as áreas de interface.
Há uma grande convergência entre a opinião de especialistas e dezenas de pesquisas realizadas em 2020 e neste início de 2021 sobre a responsabilidade das marcas e corporações como referências de confiança para a sociedade.
Nesse sentido, a pandemia reafirmou uma tendência, que já era crescente nos últimos anos: a expectativa de que as empresas sejam cada vez mais responsáveis, transparentes e cuidadosas com suas práticas, produtos, serviços e relacionamentos.
Gestão dos riscos reputacionais
A coerência entre o que a marca afirma ser e o que ela pratica no cotidiano nunca foi tão importante para manter clientes, talentos, investimentos e a licença social para atuar.
Pois são, justamente, as relações de confiança sustentadas ao longo do tempo e percebidas pelas partes interessadas que constituem um dos ativos intangíveis mais valorizados hoje: a reputação.
Dessa maneira, temos falando bastante sobre o tema em nossos últimos artigos e hoje, traremos mais um guia estratégico para reforçar esse trabalho não somente em planejamento, mas também ações e campanhas de comunicação.
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Pela sua importância estratégica, a reputação , junto com as vantagens que agrega para a marca e os riscos de perdê-la, estão ocupando um lugar de destaque na pauta da governança corporativa.
Como priorizar na gestão de riscos reputacionais?
É tarefa da alta direção estabelecer essa prioridade e patrocinar as políticas, processos e iniciativas que envolvam as quatro frentes de gestão da reputação: criar, fortalecer, proteger e recuperar o ativo reputacional.
Nas organizações brasileiras, por ser um tema novo e em pleno desenvolvimento, restam muitas dúvidas sobre as distintas dimensões envolvidas na gestão da reputação e riscos.
Vamos conhecer quais são elas?
Principais dúvidas sobre gestão de riscos reputacionais
Portanto, como destacamos acima, em alguns casos, as dúvidas paralisam. E as principais são: se a reputação se forma na mente e no coração das pessoas, como a marca pode agir para gerenciá-la? O que pode ser feito?
Além disso, é possível fazer alguma coisa para estimular e manter essa relação de confiança que gera a reserva de boa vontade e a mantém em níveis seguros ao longo do tempo?
E também: a gestão de riscos deve ser gerenciada de forma conectada com a reputação? O ambiente digital amplifica os riscos?
As respostas são: sim, sim, sim e sim!
Então, o que fazer?
Por onde a alta direção pode começar a estabelecer um gestão efetiva da reputação e dos riscos reputacionais?
Sendo assim, criamos esse Guia básico para pensar e fomentar uma verdadeira cultura do cuidado na gestão de reputação passa por, pelo menos, seis pontos centrais.
Confira a seguir:
Guia para começar uma gestão efetiva da reputação da marca
1 – Incluir a Gestão da reputação e dos riscos reputacionais na pauta fixa da alta direção:
De fato, os ativos reputacionais devem ser acompanhados e ter sua gestão direcionada a partir da governança corporativa
2 – Integrar processos de mapeamento e gestão de riscos que hoje estão dispersos nas áreas de auditoria, compliance, gestão financeira, entre outras:
Toda crise gera dano reputacional, portanto a dimensão reputacional dos riscos é o elemento agregador de todas as iniciativas citadas
3 – Capacitar a liderança, em todos os níveis, para compreender os riscos e cuidados reputacionais que precisam ser vividos no cotidiano:
Sobretudo, refletir sobre essa liderança assim como na necessidade de desenvolver a cultura do cuidado, em cada ponto de contato da marca para evitar o desgaste das crises.
4 – Adotar plataforma de monitoramento da reputação e dos respectivos riscos de forma permanente na gestão da marca, para dar conta das múltiplas e contínuas mudanças de comportamento social.
Ademais, atentar para expectativas das partes interessadas, assim como compreender a interpretação gerada pelo comportamento da marca.
5 – Incluir a comunicação como área estratégica na organização:
Para isso , o foco precisa ir transcendendo a visão pontual e operacional, que reduz o poder da comunicação a uma produtora de conteúdo customizado, sem impacto nos resultados reputacionais desejados.
6 – Adotar a comunicação preventiva aos riscos mapeados de forma que as más notícias, as possibilidades negativas:
Decerto, é preciso que os cenários desfavoráveis e até os tropeços da marca sejam tratados com igual transparência e estimulem um comportamento corresponsável.
Por isso, é preciso um olhar de cuidado de todos os envolvidos com a empresa, preservando-a de passivos legais e de reputação por eventuais omissões.
Nova caminhada para sua marca
Assim, os seis passos podem significar o início de uma caminhada de grande valor estratégico para uma marca.
Nesse sentido, incluir, efetivamente, o cuidado com a reputação e gerenciar os riscos reputacionais está na pauta das boas práticas de governança e gestão das principais marcas.
Então, agora é a hora de fazer o percurso correto e investir na consolidação de políticas e processos.
E que os mesmos assegurem a longevidade e a preferência das marcas, a partir do fortalecimento das relações de confiança entre a marca e todas as partes interessadas.
Nunca estaremos 100% prontos, mas podemos nos preparar e prevenir! Portanto, comece a caminhar!
Autores:
Isabela Pimentel é especialista em mídias digitais, professora da FGV e ESPM, consultora na Comunicação Integrada e GroupCaliber Brasil;
Rosângela Florczak é professora da ESPM e sócia-diretora na Verity Consultoria
Dario Menezes é Diretor Executivo da GroupCaliber Brasil e professor da FGV, IBMEC e ESPM. Autor do livro sobre Gestão da Marca e Reputação Corporativa da Editora FGV.
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