Comunicação interna com valor e propósito
Comunicação interna vai além de simples mensagens. O grau de engajamento dos funcionários está diretamente relacionado à sensação de pertencimento que eles têm à cultura organizacional. Se produzimos conteúdos frios e técnicos, não teremos leitores envolvidos emocionalmente com campanhas e ações. Neste contexto, é importante falar em comunicação de valor.
Assim, ela é feita quando cada um dos textos e ações pensadas refletem a missão e visão da empresa, fazendo com que os colaboradores se identifiquem e motivem em projetos.
Por uma comunicação interna de valor
Uma comunicação plural, voltada para as necessidade do cotidiano e temas de interesse desperta vontade, não apenas de ler, mas também de compreender mais e melhor o universo e a cultura organizacional.
Dessa forma, de que vale ter a missão, visão e valores afixados na parede se não são sentidos e vivenciados pelas equipes?
Então, pPara ter uma comunicação com propósito, é preciso divulgar, de forma constante, cada um desses itens e ser capaz de estabelecer conexões emocionais com cada um daqueles que dedica oito ou mais horas diárias do bem mais precioso (sua vida) à empresa.
Por isso, quando digo que “comunicação interna” é um termo que não reflete mais a complexidade das trocas de informação entre empresa e colaborador, prefiro adotar o termo “comunicação eficiente com funcionários”.
Decerto, o funcionário, nesta visão, é sujeito ativo, embaixador da marca, mensageiro,construtor e desconstrutor da mensagem que ele recebe e que obviamente, será multiplicada tanto nas mídias corporativas quanto em outras existentes.
O que mudou na comunicação interna?
De toda forma, não estou dizendo que não deve haver mensagens apenas destinadas ao colaborador, como é o caso de conteúdos sobre recursos humanos, informações entre setores, projetos e etc. O que não pode haver é a falsa expectativa de que falando “apenas” com o funcionário, “nas internas”, se evitará que um tema chegue à imprensa, ou ainda, que falando apenas com stakeholders, o funcionário não irá desconfiar e descobrir.
As empresas não tem mais muros. Se a empresa fala uma mensagem cor de rosa, o funcionário tem todo poder, capacidade e autonomia de, através de suas fontes de consulta, leituras e visão crítica, descobrir, por outros meios, a realidade da empresa, até mesmo pela imprensa.
O que deve ditar o conteúdo não é o maniqueísmo e dualismo de “interno” e “externo” na comunicação corporativa: deve-se fomentar a transparência e sinceridade, com todos os públicos e ter a sensibilidade de um maestro para orquestrar as ações em tempos sensíveis, para que nenhum público seja esquecido.
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Texto: Isabela Pimentel
*Jornalista, Historiadora e Especialista em Comunicação Integrada
Imagem: Divulgação
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