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Comunicação Integrada

Comunicação integrada: um oceano azul

Por: Isabela Pimentel30/ago/2020
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Comunicação Integrada: uma realidade atual ou elemento distante da maioria das empresas brasileiras? Quando analisamos o cenário de hoje, encontramos muita similaridade com uma obra que terminei de ler essa semana: a estratégia do Oceano Azul, de W. Chan Kim. Recomendo para todos que queiram estudar Negócios Digitais e oportunidades desse mar!

Resumo do livro ‘Oceano azul’

Em tempos de economia de atenção, em que nossos conteúdos disputam os olhos e coração dos leitores com tantos outros canais , sites, mídias e apps, como, então, ser notado? Como não cair na mesmice e ser esquecido?

Vamos, então, conhecer sobre o que fala O oceano Azul?

O que é o Oceano azul?



Um dos primeiros pontos desse livro que precisamos conhecer é o conceito de oceano vermelho, marcado pela presença forte de um foco na concorrência,  o que faz com que as empresas acabem esquecendo da geração de valor e da inovação.

Nesse sentido, as empresas estão tão cegas pela concorrência, que entram em um ciclo de mesmice e estagnação. Por outro lado, é preciso conhecer outros cenários, como o oceano azul. 

O oceano azul é o ponto em que a empresa inova, conquista novos espaços e onde a concorrência se torna irrelevante.

Estratégia corporativa de comunicação integrada

Dessa forma, quando falamos em estratégia corporativa, tradicionalmente opta-se por exploração de nicho, diferenciação por custo e posicionamento por atributos competitivos,  como caminhos a serem adotados.  Mas, o oceano azul ousa unir os três.

Enquanto nos oceanos vermelhos , as regras são estabelecidas pela concorrência, e as empresas querem ganhar mais e mais fatias de mercado e audiência, trazendo uma disputa por preço, e reduzindo os lucros, no oceano azul o foco deve ser:

  1. Criação de espaços de mercado ainda não ou pouco explorados;
  2. Geração de demanda;
  3. Análise dos segmentos alternativos;
  4. Inovação de valor;
  5. Visualização e antecipação dos movimentos do mercado;
  6. Revisão da Estratégia;
  7. Categorização dos concorrentes;
  8. Estudo do comportamento do consumidor;
  9. Proposição de valor, pessoas e lucro.

Como construir a Matriz de valor?

Além disso, é preciso também investir tempo na criação da Matriz de valor, para conhecer o nível de competição de um setor:  o  eixo horizontal representa a variedade de atributos, nos quais o setor investe e compete,   e o vertical, a relação entre valor e nível de oferta.

Dessa maneira, por exemplo, reflita: Tem muita gente dando aula online? quais os atributos? E a relação com valor? 

Além da matriz de valor, é preciso que a empresa tenha proposições que alinhem geração de valor, lucro e pessoas, pois sem um time engajado e que entenda todos os processos, é difícil implementar a estratégia do oceano azul.

Segundo o autor,  “uma estratégia do oceano azul eficaz apresenta três qualidades complementares: foco, singularidade e mensagem consistente”.

Decerto, para criar uma matriz de valor tangível, precisamos eliminar, reduzir,  criar e elevar.  Dessa maneira,  para  criar  uma  nova  curva  de valor  é necessário:

Como usar a comunicação  integrada nesse contexto?

Para chegar ao oceano azul,  é preciso criar uma estratégia de inovação que seja viável, que faça sentido para aquele segmento e tenha um apelo claro.  Para fugir da selva da mesmice, não vale criar algo novo e inútil.

Nesse momento, muitas pessoas confundem a estratégia do oceano azul com grandes inovações tecnológicas ou criação de novos segmentos totalmente diferentes do que a empresa atua hoje.  Não se trata disso. É apenas a criação de novas oportunidades, fora do oceano vermelho e que gerem valor! 

Entenda a inovação de valor

Além disso, a inovação de valor permite aumento do valor para o cliente, aliado à  redução dos custos para a empresa. O autor usa casos do setor de entretenimento, como o Cirque de Soleil , que reconfigurou o contextos dos espetáculos, criando um nicho muito oportuno.

Se pensarmos em comunicação e criação de conteúdo digital,  o livro nos dá ótimas dicas, como:

  1. Definição do setor de atuação;
  2. Mapeamento de setores alternativos;
  3. Criação de nichos com possíveis demandas;
  4. Análise dos grupos estratégicos dentro de cada setor;
  5. Focar em grupos de adquirentes (early adopters, que rapidamente adotam a nova tecnologia e a difundem);
  6. Ter um escopo de produtos e serviços claros;
  7. Ter apelos emocionais e funcionais (do produto).

Além disso, é preciso entender muito bem para qual tipo de cliente é seu produto ou serviço, sendo a classificação a seguir:

comunicação integrada

A chave da mensagem coerente: diferenciação

Segundo o autor, sem um mapeamento de públicos bem definido, mensagem consistente e clara, além de atributos funcionais, não é possível ter uma estratégia bem sucedida:   

“Sem essas qualidades, a estratégia da empresa provavelmente será confusa, indistinta e difícil de comunicar, com uma estrutura de custos alta. As quatro ações para a criação de nova curva de valor devem ser bem orientadas para o desenvolvimento de uma curva de valor com essas qualidades, as quais servem como teste básico inicial sobre a viabilidade comercial das ideias do oceano azul”.

Dessa forma,  uma ótima dica  para campanhas de comunicação integrada na pespectiva do oceano azul é sempre fazer testes de viabilidade antes de um lançamento e também estar atento às mudanças de comportamento dos consumidores e suas categorias distintas, como falamos acima.

Foque na estratégia de comunicação integrada

Assim, ao ter uma comunicação integrada, públicos bem mapeados, aposta em uma proposição de valor que contempla pessoas, negócios e tecnologia, sua empresa diferencia-se da concorrência.

Vamos começar a navegar em oceanos azuis, considerando boas práticas de mercado, mas também dando espaço à inovação de valor e criatividade?

Vamos revisar os quatro pontos -chave da estratégia do oceano azul?

  1. Despertar: análise dos concorrentes diretos e indiretos – Olhar estratégico;
  2. Exploração visual: analisar vantagens competitivas e o que precisa ser reduzido, ampliado, eliminado e criado;
  3. Usar a matriz de valor e sempre pedir feedbacks dos atuais e novos clientes;
  4. Ter contato com clientes atuais e potenciais dentro de um segmento e entender suas demandas ao longo do tempo (influenciadores, por exemplo, no setor farmacêutico)

Espero que tenham gostado do artigo, deixem seus comentários e dúvidas!

Até o próximo 😉

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Texto: Isabela Pimentel 
*Jornalista, Historiadora e  Especialista em Comunicação Integrada
Imagem: Divulgação

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