Como analisar dados na era do overload de informação?
Em tempos de excesso de informação, como analisar o grande volume de dados não estruturados produzidos diariamente? Como as empresas estão se preparando para superar esse desafio?
Muito além de simples ferramentas de coleta, análise e mineração de dados, é preciso entender a lógica por trás de cada elemento, afinal, gerar um excel não basta mais. É preciso transformar dados em informação útil para tomada de decisão.
Com esse discurso, Ricardo Cappra iniciou sua palestra na Campus Party Brasil 2018, apresentando como o cérebro precisa criar filtros para distinguir o que é informação útil ou não.
“Quando estamos acelerados e não paramos para analisar, podemos correr o risco de tomar decisões em base em informações inúteis” , apontou.
E nesse contexto nasce a infoxication, ou Information Fatigue Syndrome acaba acometendo não apenas leitores, mas também empresas, que passam a não saber como armazenar e interpretar tamanho volume de dados.
Uma opção que aposta no conteúdo é a entrega de informação localizada, por exemplo, enviar uma proposta de anúncio apenas para aqueles que estão no raio de X metros da loja física, integrando uma ação on e offline.
Ao oferecer mais informações, as empresas também precisam criar filtros para segmentar seus conteúdos, caso contrário, esses serão percebidos como spam pelos leitores. Quantas vezes você descadastrou uma newsletter pois o assunto não era útil para seu nicho?
E é aí, segundo Cappra, que entra a Ciência de Dados. “Ela tem papel vital na filtragem e transformacao do big data em small data, ou seja, informação relevante e organizada, muito bem direcionada a um nicho”, explica.
Para o cientista de dados, só depois desse processamento dos dados é que é possível gerar informação e conhecimento. “Quando temos o paradigma da aceitação, tomamos decisões baseadas não no que achamos, mas nos dados que temos. É a inteligência coletiva analítica gerando um mapa de decisão, que pode virar um produto ou serviço”, complementa.
Para um consumo de dados mais saudável e processos mais conscientes, precisamos construir mapas de decisão.
É essa a hora!
Texto: Isabela Pimentel
*Jornalista, Historiadora e Especialista em Comunicação Integrada
Imagem: Divulgação
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