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No mercado editorial digital, a paixão por livros

Por: Isabela Pimentel8/jul/2018
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Muita gente pensava que as novas tecnologias digitais e a publicação de obras no formato digital tiraria o encanto que o mundo dos livros tem ou mesmo que esse setor sucumbiria. Mas, a realidade é bem diferente. Para mostrar um pouco desse processo e como o nicho está cada vez mais forte, na segunda reportagem da série #ComunicaqueIntegra conversamos com Fernanda Drumond, da Princípio Editorial.

A especialista em autopublicação digital e marketing com foco no mercado editorial acredita que esse segmento na era digital possibilita que os autores iniciantes criem suas próprias oportunidades de inserção nele. “Antes da internet, os escritores eram completamente dependentes das editoras. Sofriam para conseguir enviar o manuscrito e quando não conseguiam uma resposta positiva, o sonho parava por ali. Com o advento das novas tecnologias, com a criação de livros digitais e de plataformas de autopublicação, o autor que não consegue espaço em uma editora tradicional tem a possibilidade de criar sua carreira através da publicação digital independente”, afirma.

Fernanda conta que além das plataformas estarem facilitando a entrada dos escritores no mercado editorial, a presença de autores nas mídias sociais proporciona que editoras passem a ter interesse em publicar o escritor que está fazendo sua carreira digital. “Para as casas de publicação acaba sendo um termômetro de qualidade e de venda. Se ebook está tendo um bom desempenho de venda, as editoras acabam entendendo como um indício positivo de que ele conquistaria leitores de livros impressos”, complementa.

Ela destaca que há diversos cases no mercado editorial que comprovam isso. “Gosto de citar a autora de ficção infantojuvenil F.M.L Pepper. Ela iniciou a sua carreira pela Amazon. Conquistou milhares de leitores com sua trilogia Não Pare!. Depois do terceiro livro autopublicado, a escritora fechou contrato com a editora Valentina, passando a ofertar livros físicos. A Pepper é uma autora exemplo, pois ela empreende em sua carreira de escritora”, afirma.

Outro caso que afirma a importância da presença digital para a autopublicação é a da escritora e blogueira Paola Aleksandra. “Ela tem cerca de 130 mil seguidores no YouTube. Paola construiu uma reputação on-line e quando escreveu seu primeiro romance, as editoras já tinham o sinal que ela poderia vender bem e que valeria a aposta. Assim, este ano ela lançou o livro ‘Volte para Mim’, pelo selo Essência, da editora do Planeta de Livros”, destaca

Confira a entrevista na íntegra:

Comunicação Integrada: Como nasceu o Princípio Editorial?

Fernanda: Uma das minhas maiores paixões são os livros. De tanto ler, me deu vontade de fazer algo sobre. Recebi  um convite de uma amiga e nos tornamos blogueiras literárias. Através do blog, minha relação com os livros mudou. Por ter que escrever resenhas, passei a desenvolver uma leitura mais crítica e a me relacionar com autores independentes. Ganhei experiência, me interessei pelo mercado editorial e comecei a estudar sobre ele. Juntando tudo isso e as minhas aptidões profissionais como jornalista e marqueteira, descobri que poderia estar ajudando escritores em início de carreira. E, assim, comecei a idealizar o Princípio Editorial. Porém, foi apenas em 2017, que o projeto começou a ganhar forma. Consegui focar no desenvolvimento dele e a cumprir meu propósito de ajudar as pessoas a escreverem suas histórias. E, também, iniciei o meu próprio principio editorial com a iniciativa de escrever meu primeiro livro.

Comunicação Integrada: Com qual missão?

Fernanda: A missão do Princípio Editorial é produzir conteúdo informativo para ajudar novos autores a escreverem e publicarem seus livros de maneira independente. Já disponibilizo gratuitamente o “Checklist – Os quatro princípios editoriais para escrever um livro” no site do projeto. A lista é uma prévia do que estará no livro que estou escrevendo. Futuramente, estarei alimentando o blog com artigos relevantes. A ideia é não deixar faltar informação para quem tem o sonho de se tornar um escritor.

Comunicação Integrada: Qual é o gap do mercado?

Fernanda: A falta de profissionalização dos autores. São poucas as pessoas que realmente entendem o que é o ofício de escritor. Muitas pessoas acham que para ser autor basta sentar e escrever. Muitas das vezes acaba sendo um hobby ou aquela ideia romântica de colocar os sentimentos para fora. Ser escritor é uma atividade como outra qualquer. Precisa de preparo, estudo e investimento. Com este panorama, percebemos que há espaço para contribuir com a profissionalização dos escritores iniciantes. Através do conteúdo compartilhado, o Princípio Editorial possibilita que os autores aspirantes elaborem um manuscrito consistente. Como também, busca direcioná-los para o desenvolvimento de ações estratégicas que diminuam os obstáculos para a inserção do escritor no mercado editorial.

Comunicação Integrada: Como o projeto ajuda pequenos escritores?

Fernanda: Para ajudar escritores iniciantes, estruturei uma metodologia com quatro princípios editoriais. Os processos estabelecidos buscam guiar o planejamento do livro, o desenvolvimento e os cuidados especiais da obra, o planejamento de marketing e a autopublicação. O projeto atende diversos tipos de perfis de autores em início de carreira. Aplica-se a quem possuí apenas uma ideia do que desejam escrever, a quem já escreveu e precisa de orientação de como prosseguir para uma publicação independente, como também, a quem já se autopublicou e precisa de orientação voltada para o planejamento de marketing.

Texto: Isabela Pimentel
*Jornalista, Historiadora e  Especialista em Comunicação Integrada
Imagem: Divulgação 

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