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Marketing de conteúdo: de olho no novo consumidor

Por: Isabela Pimentel10/out/2017
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As relações entre marcas e clientes mudaram. Campanhas e mensagens em excesso, divulgadas em massa, não surtem mais efeito. O que as empresas devem fazer para cativar a atenção dos consumidores?  Do marketing direto ao marketing de permissão, o conteúdo tem sido considerado o rei na hora de estabelecer uma relação de proximidade com os consumidores.Para conversar sobre o tema, convidamos a consultora de marketing digital, Cristiane Thiel, para um bate-papo exclusivo. Confira abaixo a entrevista e preparamos um material especial sobre conteúdo digital.

1) o que difere o marketing de conteúdo do marketing tradicional? E essa história de marketing 4.0?

Cristiane Thiel: O marketing de conteúdo é uma tática que atrai o cliente até a marca, diferente do marketing tradicional que vai até o cliente, de maneira que interrompe uma atividade do cliente para apresentar sua mensagem de venda. O marketing de conteúdo envolve o cliente por meio de conteúdos que educam, informam e até divertem. O relacionamento entre cliente e marca acontece de uma forma mais orgânica.

Não é algo novo, essa tática tem registro desde 1985, quando a marca de equipamentos industriais John Deere criou uma revista com informações que ajudavam fazendeiros (seus potenciais clientes) nos seus negócios. Podemos chamar o marketing 4.0 de transformação digital, que tem como base uma maior necessidade de entender a experiência do cliente, uma nova cultura organizacional focada na inovação e aprendizado contínuo, a agilidade nos processos para atender um mundo em constante evolução, novos modelos de negócios e tecnologias como o big data.

 

2) Como encarar o novo consumidor e deixar essa relação passiva para mapear sua jornada?

Cristiane Thiel:  Mais do que nunca é importante estar perto do consumidor, ouvir e entender suas motivações, desejos, necessidades, problemas e principalmente como eles identificam os benefícios que as marcas podem entregar. Antes, a comunicação das marcas era de mão única, o que facilitava o controle do que estava sendo dito, e dava um tempo maior de resposta, havia mais tempo para criar as ações e principalmente a jornada do comprador era mais simples, mais fácil de ser mapeada. O novo consumidor é impactado por informações de diversos canais e tem muito mais acesso a formas de comparar produtos, impressões e avaliações de outros consumidores isso tudo dispersa a atenção e principalmente exige das marcas esse acompanhamento contínuo para manter a comunicação consistente e eficaz.

 

3) Como as empresas podem se destacar usando o marketing de conteúdo?

 

Cristiane Thiel:  O marketing de conteúdo não é algo que deve ser pensado com a mesma mentalidade de um comercial de TV ou spot de rádio. Deve ser algo realmente dirigido a um público bem específico. Para ter sucesso a pessoa que estiver lendo ou assistindo um vídeo deve sentir que aquela comunicação está falando diretamente para ela.

4) Por onde começar?

Cristiane Thiel:  A primeira coisa a fazer é saber com quem a empresa deseja se comunicar quando for entregar esse conteúdo. Saber com quem está falando é extremamente importante para saber quais canais utilizar e conseguir elaborar a linguagem, os termos, o conteúdo exato que dará a pessoa aquela sensação de uma mensagem que foi feita sob medida para ela. Essas informações sobre o público só conseguimos unindo pesquisas e entrevistas.  As pesquisas podem ser feitas em dados internos como CRM, Google Analytics e conversas com a equipe de vendas, afinal eles têm contato direto com os compradores.

Assim já será possível traçar dados demográficos e de certa forma algumas questões sobre comportamento de compra. Já as entrevistas são feitas com clientes ou potenciais clientes. Num formato de bate papo mesmo, com a intenção de saber mais sobre essas pessoas, seus desejos, motivações, dores e necessidades.


5) Qual o principal pilar da estratégia focada no marketing de conteúdo?

Cristiane Thiel:  O principal pilar é entender a audiência. O que podemos chamar de Buyer Persona ou Audience Persona, no caso do Marketing de Conteúdo. Posso parecer repetitiva quando digo isso, mas é a pura verdade. Em linhas gerais, saber quem é seu Cliente Ideal. Esse entendimento não é apenas saber informações genéricas de público-alvo, mas ir além.

São cinco informações cruciais para a criação de Buyer Persona:

  • O que motiva essa pessoa a buscar uma solução
  • Como essa pessoa percebe o ganho que o produto entrega
  • Quais as objeções dessa pessoa com relação ao produto.
  • Qual o fator final para a tomada de decisão.
  • Como é a jornada do comprador.

Essas informações são obtidas por meio de pesquisas e assim definimos as Personas que serão trabalhadas na estratégia de Marketing de Conteúdo.

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Texto: Isabela Pimentel 
*Jornalista, Historiadora e  Especialista em Comunicação Integrada
Imagem: Divulgação

 
 

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