As relações entre marcas e clientes mudaram. Campanhas e mensagens em excesso, divulgadas em massa, não surtem mais efeito. O que as empresas devem fazer para cativar a atenção dos consumidores? Do marketing direto ao marketing de permissão, o conteúdo tem sido considerado o rei na hora de estabelecer uma relação de proximidade com os consumidores.Para conversar sobre o tema, convidamos a consultora de marketing digital, Cristiane Thiel, para um bate-papo exclusivo. Confira abaixo a entrevista e preparamos um material especial sobre conteúdo digital.
1) o que difere o marketing de conteúdo do marketing tradicional? E essa história de marketing 4.0?
Cristiane Thiel: O marketing de conteúdo é uma tática que atrai o cliente até a marca, diferente do marketing tradicional que vai até o cliente, de maneira que interrompe uma atividade do cliente para apresentar sua mensagem de venda. O marketing de conteúdo envolve o cliente por meio de conteúdos que educam, informam e até divertem. O relacionamento entre cliente e marca acontece de uma forma mais orgânica.
Não é algo novo, essa tática tem registro desde 1985, quando a marca de equipamentos industriais John Deere criou uma revista com informações que ajudavam fazendeiros (seus potenciais clientes) nos seus negócios. Podemos chamar o marketing 4.0 de transformação digital, que tem como base uma maior necessidade de entender a experiência do cliente, uma nova cultura organizacional focada na inovação e aprendizado contínuo, a agilidade nos processos para atender um mundo em constante evolução, novos modelos de negócios e tecnologias como o big data.
2) Como encarar o novo consumidor e deixar essa relação passiva para mapear sua jornada?
Cristiane Thiel:Mais do que nunca é importante estar perto do consumidor, ouvir e entender suas motivações, desejos, necessidades, problemas e principalmente como eles identificam os benefícios que as marcas podem entregar. Antes, a comunicação das marcas era de mão única, o que facilitava o controle do que estava sendo dito, e dava um tempo maior de resposta, havia mais tempo para criar as ações e principalmente a jornada do comprador era mais simples, mais fácil de ser mapeada. O novo consumidor é impactado por informações de diversos canais e tem muito mais acesso a formas de comparar produtos, impressões e avaliações de outros consumidores isso tudo dispersa a atenção e principalmente exige das marcas esse acompanhamento contínuo para manter a comunicação consistente e eficaz.
3) Como as empresas podem se destacar usando o marketing de conteúdo?
Cristiane Thiel: O marketing de conteúdo não é algo que deve ser pensado com a mesma mentalidade de um comercial de TV ou spot de rádio. Deve ser algo realmente dirigido a um público bem específico. Para ter sucesso a pessoa que estiver lendo ou assistindo um vídeo deve sentir que aquela comunicação está falando diretamente para ela.
4) Por onde começar?
Cristiane Thiel:A primeira coisa a fazer é saber com quem a empresa deseja se comunicar quando for entregar esse conteúdo. Saber com quem está falando é extremamente importante para saber quais canais utilizar e conseguir elaborar a linguagem, os termos, o conteúdo exato que dará a pessoa aquela sensação de uma mensagem que foi feita sob medida para ela. Essas informações sobre o público só conseguimos unindo pesquisas e entrevistas. As pesquisas podem ser feitas em dados internos como CRM, Google Analytics e conversas com a equipe de vendas, afinal eles têm contato direto com os compradores.
Assim já será possível traçar dados demográficos e de certa forma algumas questões sobre comportamento de compra. Já as entrevistas são feitas com clientes ou potenciais clientes. Num formato de bate papo mesmo, com a intenção de saber mais sobre essas pessoas, seus desejos, motivações, dores e necessidades.
5) Qual o principal pilar da estratégia focada no marketing de conteúdo?
Cristiane Thiel:O principal pilar é entender a audiência. O que podemos chamar de Buyer Persona ou Audience Persona, no caso do Marketing de Conteúdo. Posso parecer repetitiva quando digo isso, mas é a pura verdade. Em linhas gerais, saber quem é seu Cliente Ideal. Esse entendimento não é apenas saber informações genéricas de público-alvo, mas ir além.
São cinco informações cruciais para a criação de Buyer Persona:
O que motiva essa pessoa a buscar uma solução
Como essa pessoa percebe o ganho que o produto entrega
Quais as objeções dessa pessoa com relação ao produto.
Qual o fator final para a tomada de decisão.
Como é a jornada do comprador.
Essas informações são obtidas por meio de pesquisas e assim definimos as Personas que serão trabalhadas na estratégia de Marketing de Conteúdo.
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