Influenciadores digitais: tipos e funções
Influenciadores digitais são todos iguais? Não! E o conceito não para de mudar.
Sabemos que se foi o tempo em que influente era aquela pessoa superfamosa, celebridade de novela ou superconhecida.
Na era das redes sociais, a visibilidade pertence não mais apenas às grandes marcas e personalidades, mas a algumas pessoas comuns que, com sua linguagem autêntica, humanizada e atraente, chamam atenção dos anunciantes, e, assim, despertam a paixão de milhares de seguidores do seu respectivo nicho.
Por isso, hoje o poder ‘de conversão’ e influência saiu das mãos da grande mídia e está mais democrático, permitindo inclusive ao pequeno negócio investir em microinfluenciadores em sua estratégica de comunicação e marketing.
Então, entram em cena os chamados influenciadores digitais, perfis muito ativos que postam conteúdo com certa periodicidade e com uma forma de se expressar marcante e clara, que faz com que seus conteúdos ganhem, muito além de curtidas, vários comentários e compartilhamentos, ganhando alcance também em outras mídias.
Ao contrário da comunicação de massa, ou seja, da época em que havia a criação de anúncios pouco segmentados para uma larga fatia da população, agora vivemos a era das mensagens personalizadas e de nicho.
Decerto, quando uma marca ou empresa mapeia um perfil desses influenciadores, vê nele um verdadeiro parceiro para seus negócios, alguém que irá contribuir para a formação de uma imagem positiva de seus produtos ou serviços, além de fortalecimento de sua reputação.
Trabalhando com influenciadores digitais
Assim, em primeiro lugar, precisamos pensar que relações de influência são de mão dupla, e que para, de fato exercer tal função, um perfil precisa ter credibilidade e domínio em determinada área de atuação, estar na rede certa (ou seja, onde o público da marca está), falar a ‘língua’ do seu nicho de público e entregar conteúdos relevantes para aquela audiência.
Também existem os influenciadores ‘macro’, que são verdadeiras celebridades convidadas para trabalhar com grandes marcas, mas outro perfil que está muito em alta é o dos microinfluenciadores, indivíduos comuns, mas que são extremamente conhecidos entre seus pares e nicho, por exemplo, um YouTuber que faz sucesso na sua cidade ou bairro.
De forma similar, quando um cliente vê que o YouTuber X ou o perfil Y do Instagram mais famoso do seu bairro, está consumindo um produto de tal marca, isso desperta nele curiosidade e também a sensação de aproximação.
Então, aí está o potencial que o novo influenciador tem para os negócios: quando uma marca acerta em cheio na identificação do perfil que fala a língua do seu público, ele potencializa as chances de criar relações de identificação e influência, muito mais do que se fosse uma celebridade simulando o uso do produto (o que poderia, até mesmo, trazer um estranhamento por parte do público).
Nessa era em que todos querem ter voz, publicar seu conteúdo e se expressar, nada melhor do que ver que ‘gente como a gente’ também se identifica com o produto Z e que isso faz a diferença em seu cotidiano.
Como selecionar e avaliar?
Se por um lado, os negócios mudam com os novos influenciadores, os consumidores também já não são os mesmos e optam por comprar algo de uma marca com uma estratégia de comunicação autêntica e humanizada do que uma que só possui um discurso bem elaborado.
Confira essas dicas que separei para que você possa começar a trabalhar com influenciadores em sua estratégia de negócio:
1) Microinfluenciadores são tendência para campanhas de nicho.
2) Nem todo grande influenciador pode ser influente para seu nicho.
3) Não é apenas o tamanho da rede que define um influenciador. É a capilaridade do conteúdo que compartilha. Um perfil de 100 seguidores pode ser relevante para aquele nicho.
4) Um mesmo perfil não é influenciador de tudo e em todos os canais. Segmente por tema e redes.
5) Quem é influenciador da sua marca hoje pode não ser amanhã. Atualize e reveja seu planejamento com periodicidade.
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Texto: Isabela Pimentel
*Jornalista, Historiadora e Especialista em Comunicação Integrada
Imagem: Divulgação
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