Hipervídeo: de olho na interatividade e convergência
Hipervídeo é algo do futuro? Não! Marcas atentas já tem trabalhado no presente.
As redes digitais mudaram não apenas a produção de conteúdo, mas também o perfil dos usuários. Se na era da comunicação de massa seu papel era mais passivo, agora, eles querem responder, opinar, decidir que caminhos trilhar e como receber as mensagens.
A crise do marketing de interrupção e das formas tradicionais de comunicação deu espaço a novos formatos, como os vídeos digitais interativos e imersivos.
Uma das empresas que está de olho nesses novos nichos da comunicação é a Jardim Digital, criada em 2011, com membros que vinham do projeto Ponto de Cultura. A Comunicação Integrada conversou com os sócios Júlio Braga e Gustavo Junqueira para conhecer um pouco mais dos seus projetos e história.
Foco na interatividade
Começamos com a oportunidade de oferecer transmissão ao vivo, que era algo ainda pouco explorado e fomos nos estruturando, até que criamos o hipervídeo, uma forma de disponibilizar o conteúdo em camadas, de acordo com a demanda do cliente.
Além dessa informação em camadas, eles também criaram uma forma de oferecer diferentes níveis de interatividade durante as transmissões ao vivo. “O interessante é coletar os dados obtidos durante e depois analisar com calma picos de acesso, de onde eles partiram e fazer uma espécie de enquete. Disponibilizar conteúdo vai além e o feedback que o usuário dá se reflete nos dados gerados”, complementa Julio.
Desafios do hipervídeo
Gustavo acredita que o conceito de Hipervídeo atende à demanda do usuário atual, pois nele, a informação é disponibiliza em camadas, nas quais o usuário pode ir percorrendo para acessar diferentes níveis de informação. “Você consegue entender mais sobre os conteúdos, dentre uma única interface. Isso atrai em termos de navegação, pois é a escolha do usuário onde ele quer se aprofundar, se vai, se volta: eis aí a interatividade”, afirma.
Mas, a interatividade não é um fim em si, pois é preciso considerar a arquitetura da informação e analisar muito bem o perfil do usuário. “Por mais que se invista em vídeo, dados, há sempre uma pessoa por trás, por isso, temos que realmente entender como ela navega. Isso é decisivo”, explica Júlio.
Como há diferentes contextos e formas de recepção de mensagens, outros fatores além da interface precisam ser levados em conta, como diferença na velocidade da internet de uma região para outra, linguagem utilizada, e etc.
“É importante refletir que a interação não é algo de uma via só. Ela traz mudanças tanto no conteúdo quanto no usuário. É preciso ter esses gates, caminhos de integração, o usuário é livre para percorrer o trajeto que quer fazer de acordo com sua curiosidade”, finaliza Gustavo.
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Texto: Isabela Pimentel
*Jornalista, Historiadora e Especialista em Comunicação Integrada
Imagem: Divulgação
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