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Comunicação acessível: como fazer?

Por: Isabela Pimentel6/fev/2021
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Comunicação acessível é essencial, mas, nem sempre valorizada e praticada pelas empresas brasileiras.  Sabemos que a comunicação é uma necessidade humana. Ela cria e fortalece o relacionamento com os públicos, as partes interessadas também chamadas de stakeholders. Como comunicar se excluímos pessoas e não pensamos em acessibilidade?

Mas, quem pensa em acessibilidade? 

Dessa forma,  o primeiro passo para torná-la eficaz é entender quem é o público da sua audiência. Vamos lá?

Primeiros passos da comunicação acessível

Assim,  para qualquer plano de comunicação integrada ter êxito na era digital, é fundamental saber quem está do outro lado da tela.

Afinal, em parte, o bom posicionamento da marca depende da conexão da empresa com os valores e as reais necessidades de seus diversos públicos.

Embora estejam cada vez mais presentes nas redes, infelizmente, pessoas com deficiência continuam invisíveis para a maioria das organizações.

Então,  mais de 45,6 milhões de pessoas com deficiência, 11 milhões de analfabetos funcionais e 2 milhões de autistas, dentre outros, são excluídos dos processos comunicacionais. Até quando será assim?

Comunicação sem barreiras

De acordo com um levantamento do MWPT – Movimento Web para Todos, menos de 1% dos sites brasileiros cumprem todos os requisitos de acessibilidade. Isso sem contar os perfis em redes sociais como Instagram, Facebook e LinkedIn.

Além do descumprimento do artigo 63 da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que estabelece a obrigatoriedade da acessibilidade nos sites brasileiros, tal fato aponta uma necessidade urgente nas organizações: a comunicação acessível.

Vamos entender o que é uma comunicação acessível. 

Afinal, o que é comunicação acessível?

Parece coisa nova, mas acessibilidade sempre foi algo intrínseco à comunicação, apesar do conceito ser pouco conhecido pela maioria dos profissionais da área. Mas, a comunicação acessível fica em segundo lugar sempre!

O termo vem ganhando mais espaço nos últimos anos devido à própria Internet. Mais ainda durante a pandemia da covid-19, quando as plataformas digitais se consolidaram como a principal fonte de informação para a população. 

Em seu recém-lançado Guia de Comunicação e Eventos Acessíveis, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, resume que “a comunicação acessível e inclusiva pressupõe a ausência de barreiras na comunicação entre as pessoas, na expressão escrita, no acesso a conteúdos em papel, audiovisuais e virtuais, com o intuito de garantir o direito à comunicação e à informação para todos, sem exceção”.

Por onde começar a comunicação acessível?

Atualmente, existem diversos recursos que ajudam a tornar o conteúdo digital mais acessível. Independente da plataforma, a WCAG – Web Content Accessibility Guidelines deve ser a bússola. Ela é um conjunto de diretrizes sobre acessibilidade para conteúdos e produtos digitais.

Dessa forma,  existem várias ferramentas de validação que auxiliam na verificação do nível de acessibilidade nos sites de acordo com as diretrizes WCAG. O próprio MWPT presta essa consultoria gratuita às organizações.

Também há ferramentas que ajudam a fazer auditoria de contraste de cores ou legibilidade de texto.

Por exemplo, outros recursos, como o texto alternativo, tornam as imagens compreensíveis para cegos e pessoas com baixa visão.

Pensar nas condições de promoção de acessibilidade é ter empatia com todos!

4 dicas de acessibilidade nas redes sociais

Vamos agora olhar as dicas para as principais redes sociais, ok?

–  Hashtags com iniciais maiúsculas: é assim que leitores de tela usados por pessoas com deficiência visual conseguem identificar corretamente as palavras-chave nos posts;

Legenda e Libras nos vídeos: colocar intérprete de Língua Brasileira de Sinais garante a inclusão do surdo. Já a legenda, facilita a compreensão para pessoas com deficiência auditiva ou que estejam em locais com ruídos;

Linguagem simples: o WCAG recomenda que o nível de leitura deve ser compreendido por uma pessoa com ensino fundamental completo. Portanto, a comunicação deve ser clara e objetiva, com frases e parágrafos curtos, sem metáforas ou palavras com duplo sentido;

– Texto alternativo: este recurso está disponível nas principais redes e consiste na descrição da imagem para pessoas que utilizam leitores de tela.

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Autora convidada :  Aretha Fernandes

Jornalista focada em Comunicação Acessível e especialista em Gestão da Comunicação Organizacional Integrada.  Dicas sobre comunicação acessível também no Instagram.

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